sábado, 29 de outubro de 2016

O PERFIL DO REI - PARTE I



‘No semblante iluminado do Rei está a vida, e a sua benevolência é como a nuvem da chuva serôdia’

– Provérbios 16:15


Não quero Eu fazer uma crise! Não quero nunca que haja crises feitas no Paço’, sublinhava S.M.F. El-Rei Dom Manuel II de Portugal, 10 de Setembro de 1909, bem ciente do seu papel real de defensor do bem comum.
El-Rei Dom Pedro V chamava-lhe o ‘duro ofício de reinar’, pois, de facto, reinar não é um privilégio, mas um ofício… e dos duros! Por isso, antes de ser Rei, o Monarca é herdeiro presuntivo e burilado para adquirir todas as competências e conhecimentos sejam políticos, técnicos, científicos e culturais para que esteja devidamente apetrechado para desempenhar com a máxima aptidão o seu Ofício de Reinar e, também, para a completa abnegação pessoal às funções de Chefe de Estado e devoção exclusiva ao bem do País.
O génio da força é estar em relação com as outras forças, mas evitando os contra-sensos, interpretando vontades e sendo reconhecido como o mais «poderoso» para poder gerar consenso – claro que não para dominar, mas melhorar. Todas as forças políticas se afirmam na sua diferença, pelo que o Chefe de Estado não pode ser tendencialmente igual a uma dessas forças. Tem que haver uma figura completamente imparcial, isenta, papel que só pode ser desempenhado por um Rei, que tenha uma perspectiva geral, abstracta, livre, perdendo de vista o próprio interesse; que tenha uma visão da razão, com certeza imediata do que é o melhor para o Estado e não para uma das forças em conflito aberto.
O Rei tem a aptidão constante de possuir os conhecimentos indispensáveis para solucionar os problemas e para, pela mediação, convidar os demais a juntarem-se-lhe para a reflexão necessária, levá-los a reconsiderar os seus motivos e guiá-los à obtenção de um consenso que gere essas mesmas soluções para os problemas imediatos – que não raras vezes dependem totalmente de entendimento para serem dirimidos. E depois, só uma voz neutral e poderosa tem segurança e peso suficiente para se fazer ouvir, advertir e, em consequência, alcançar, dessa discussão entre contrários, o fim desejado: o bem comum.
Essa liberdade é plus do Rei!
Depois, é através dos actos que se conhece o sujeito, não das suas intenções. De facto, é necessário ter atenção na mensagem que transparece para o exterior.
El-Rei Dom Pedro V de Portugal, personificação da virtude de dedicação ao bem da coisa comum escreveu sobre o papel dos Reis: ‘devemos também lembrar-nos que existe para eles uma lei moral muito mais severa do que para os outros, porque quanto mais elevada é a posição tanto maior é a influência do exemplo.’
Hoje, um dos principais obstáculos à subsistência de uma verdadeira ética na res publica é a inexistência de um exemplo! Ora, não há, numa república, uma instituição que possa servir de modelo; não existe actualmente um compasso moral e ético que sirva como consciência da Nação. O Rei é amado pelo Povo, mas temido e odiado pela gente do seu tempo, como o são aqueles cujo exemplo acorda remorsos e cuja palavra obriga a corar.
Nada mais verdadeiro: o Rei como uma bússola orienta o caminho e como um cinzel grava a virtude! São os próprios Reis, que conduziram a Monarquia aos princípios da transparência, e, os tempos difíceis que se vivem um pouco por todo o lado têm feito com que as Casas Reais da Europa, sempre escrutinadas no exercício da Sua função real pelo olhar da opinião pública, adoptem uma postura de contenção económica. Como sustentou André Rebouças, o célebre abolicionista afro-Brasileiro: ‘É mais fácil democratizar um rei ou uma rainha do que um parlamento aristocrático, oligárquico e plutocrático.’
E assim, esta qualidade de isenção quase se torna uma virtude de Estado.
Por isso, não obstante a previsão dos poderes reais numa Constituição, os poderes do Monarca Constitucional estendem-se para lá desses limites, não de forma negativa, mas, antes pelo contrário, para aconselhar os políticos tendo em vista como melhor servir a Nação.
Numa Nação não há mais gentil-homem que um Rei; por isso o Monarca assume-se como um funcionário da Nação e do Povo acautelando por cumprir qualquer das obrigações inerentes ao seu cargo, que encara como serviço. O Rei tem de reinar rectamente! Mas o mesmo pode não acontecer com aqueles que procuram lugar e que certamente, numa hipotética restauração da Monarquia, verão nisso, oportunidade! O Rei de Portugal estava sentado num trono não físico, mas num Princípio – de oito séculos! Por isso é necessário cuidado com os vassalos que como aconteceu no fim da Monarquia Constitucional e mais ainda pelos revolucionários do 5 de Outubro de 1910, o que queriam, era, eles estarem sentados no trono! É que ser Rei, ‘dói!’, pela inveja dos pobres de espírito!
Com um Rei, de representação natural, intuitiva, que não age de modo absoluto, pois é um Monarca constitucional, passa-se depois à representação da representação, isto é, efectiva; o mesmo será dizer que, depois da imaterialidade, este adquire uma verdadeira lógica. Existe uma instantaneidade, uma ligação directa entre o Rei e o Nacional, pois o Rei é uma Entidade que encerra o peso simbólico da representação histórica, e essa legitimação cultural é muito importante, porque o Monarca guarda Nele a tradição dos antepassados e dos costumes da Nação. Da intuição que se tem dos caracteres próprios da magistratura real derivada do direito natural – pois entre o Rei e o Povo existe uma relação quase familiar, assente nos princípios naturais – deriva depois, dessa quase abstracção, um conceito autêntico e determinável, adquirindo universalidade e determinação em si mesmo, que se apresenta como o mais capaz não só para representar Povo e Nação, mas para resolver os problemas do Estado secular.
Assim, o Povo está e confia no Rei, revê-se Nele e orgulhosamente imita o Seu exemplo. O Rei é o exemplo e a referência!
FACTOS RONPEN LEYS
Ser Rei, é ser Pai duma Nação!
– Ter o Poder de Deus; que dá ao Rei,
alçada de Juiz, foral e acção,
para quando falar o Coração,
Ele possa guiar a Cega Lei…

Um Rei que ponha bem certas,
as contas que andem tortas;
e que sempre tenha abertas,
bolsa, orelhas e portas…

A bolsa, para dar a quem não tenha;
orelhas, para ouvir risos e pranto;
as portas, para entrar, filho que venha
acolher-se às dobras do Seu Manto!
Pai da Pobreza.
Mão de Justiça.
Nos olhos – largueza…
Eis a Realeza,
que a Pátria cobiça!
In “Velhos Forais de Aragão”
‘O meu posto de honra é ao lado da Nação. Hei-de cumprir os meus deveres, que o amor das instituições e a lealdade à Pátria me impõem.’, jurou El-Rei Dom Luís I de Portugal.
O Rei dedicar-se-á exclusivamente à Sua Nação, não procurará sofregamente aumentar a dose de pão diário sem olhar a meios. O Rei especializa-se na defesa do bem da coisa comum e dos interesses da Nação. Lembremos o ‘Princípio’ de Tomás de Kempis segundo o qual os maus hábitos podem ser eficazmente combatidos por outros que lhes sejam contrários.
O Rei como um livro aberto – em qualquer parte aberta do livro –, sem nunca ser toldado pela sombra da dúvida, orientará todos pela virtude e pela força do Seu exemplo. Não pensará unicamente em si e no presente, pois o Seu trabalho aproveitará às gerações futuras. A Coroa visará a consecução do interesse público e não do interesse individual. Assim, o Rei será o dínamo da sociedade. O Rei procurará a defesa do bem da coisa comum e dos interesses da Nação, pois encara o posto de Reinar como um ofício e com sentido de missão. Ora relembremos o Princípio de Tomás de Kempis segundo o qual um costume mau é vencido por um costume bom. Assim, com um Rei dedicado à defesa do bem comum no seu posto de honra, zeloso em cumprir os Seus deveres por lealdade à Pátria, isso reflectir-se-á, inevitavelmente, nos demais agentes do Estado que não raras vezes estão muito afastados dos princípios da transparência que se exigem na gestão da coisa pública (res publica).
A autoridade dá as piores provas da sua força quando força a obediência pelo medo e alcança a submissão pelo terror. É provado que o afecto granjeia muito melhores resultados que o receio. Dessa relação especial, surge outro factor: o Rei é um canal privilegiado do Povo. E por exemplo como em Portugal os governantes sempre gozam de uma indemnidade, isenção de responsabilidade, mesmo quando violam a Constituição, o Rei seria muitas vezes a única defesa do Povo e o único fiscalizador isento contra decretos ditatoriais.
O Rei será um funcionário da Nação e, por isso, o povo pode livremente destroná-lo, se ele não cumprir qualquer das obrigações inerentes ao seu cargo – de acordo com o princípio medieval. O Rei tem de governar rectamente. Rex eris, si recte facias, si non facias, non eris e por isso mesmo poderá ser deposto. E o Rei injusto seria um castigo que Deus envia ao Povo, mas o povo não é obrigado a sofrê-lo.
Continua amanhã em: ‘O Perfil do Rei – Parte II’
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
Artigo originariamente publicado na ‘Real Gazeta do Alto Minho n.º 8’, que para poder visualizar basta apenas seguir o link: 


Nesse número pode ainda ler:
– Entrevista a Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte
– Ainda a propósito da Ética Republicana, por José Aníbal Marinho Gomes
– Monarquia?, por Carlos Aguiar Gomes
– O Chefe da Casa Real e o Protocolo do Estado, por Tomás A. Moreira
PUBLICADA POR 

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

IMPEGNI UMANITARI, UN ALTRO RICONOSCIMENTO AD ANGELO MUSA - FERENTINO







Medaglia d’Onore e Merito classe Oro al presidente della Real Academia Sancti Ambrosii Martyris, cavalier Angelo Musa. Da sempre appassionato di storia antica e negli ultimi anni di Ordini Cavallereschi, grazie a lui è nata la “Real Academia Sancti Ambrosii Martyris”, in onore del Santo Patrono Ambrogio. Lo scorso aprile, Musa ha ricevuto la cittadinanza onoraria della città di Londra per i tanti progetti umanitari e assistenziali realizzati, molti dei quali per la diocesi di Sao Tomè e Principe e in ultimo quello delle attrezzature mediche inviate a Fatima. E proprio in Portogallo durante la cena di gala che ha seguito l’evento religioso nel monastero di Alcobaca, il Comandante della Real Associaçao Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, Cav. Paulo Jorge da Conceição Vitorino, per conto del suo presidente, il Visconte di Montargil, ha conferito l’onorificenza a Musa. 
S.A.R. Dom Duarte Pio de Bragança, Capo della Casa Reale di Portogallo, in qualità di socio numero uno della stessa associazione, per via della sua legittimità di pretendente al trono di Portogallo, ha personalmente insignito il presidente Angelo Musa con la medaglia d’oro, complimentandosi con lui per la sua attività filantropica e assistenziale. Intanto martedì prossimo Musa sarà ospite nella Guildhall, che è la sede del governo della City di Londra, dove premierà la The London Fire Brigate, i vigili del fuoco della città di Londra, ente Governativo che festeggia quest’anno i 150 anni dalla sua fondazione.
Fonte: Jornal CIOCLARIA

terça-feira, 25 de outubro de 2016

REACÇÃO DE DOM DUARTE PIO, UM EXEMPLO PARA O MUNDO

Para ampliar, clique  AQUI
-----------------
Ainda a morte do Rei da Tailândia: Príncipe da Portugalidade exprime pêsames
O Chefe da Casa Real Portuguesa apresentou condolências à família real tailandesa pela morte do grande monarca, lembrando a antiguidade das relações entre os dois Estados e a velha amizade que une a Casa de Bragança à dinastia Chakri, no trono desde 1782.
Fonte: O Clarim de Macau - .Miguel Castelo Branco


27º ANIVERSÁRIO DA REAL ASSOCIAÇÃO DO PORTO

Real Associação do Porto
Rua do Carvalho, 102- T
4150-192 Porto
Tel.: 22 617 57 19
Telem.: 965257444

PROCLAMAÇÃO DE PAIVA COUCEIRO NA 1ª INCURSÃO MONÁRQUICA A 5 DE OUTUBRO DE 1911


‘AO POVO!
Portugueses!
Esses homens que, sob o falso nome de republicanos, se proclamaram, – por entre bombas de dinamite e tiroteios, – governantes da nossa gloriosa Pátria, estão-nos enganando!
Liberdade, Igualdade, Fraternidade nos prometeram eles! Tirania, privilégios de seita, delações e vinganças – foi o que nos deram!
O nosso País era dantes aquele em que as claridades do sol quase perene, e a limpidez azul de um céu sem mancha, fielmente retratavam os primores de carácter, e as humanas tendências de um povo afectuoso e nobre!
Azul e branco tínhamos por cores.
O nosso País é hoje um outro muito diverso, – de desconfiança e de ódios verdes, que envenenam o mesmo ar que se respira, – de pistolas Browning a atestarem, de dentro do bolso a cada português, as paixões vermelhas de sangue, que nos conturbam o espírito nacional!
Verde e vermelho temos agora por emblema; e, à força, verdes e vermelhos nos querem fazer!
Bandeira, religião e tradições, tudo, – sem dó nem respeito, – nos ofenderam, espezinharam ou destruíram!
Em nome do Povo, dizem eles.
Decerto não falam, nem obram, em nome do Povo, esses mesmos para quem o Povo não passa de uma retórica de fórmulas aparentes, mas que mascaram o mais opressor dos fundos jacobinos!
Portugueses, fomos enganados!
Viva a Pátria e a Liberdade, com a nossa velha Bandeira Azul e Branca!’
– Henrique de Paiva Couceiro
Recolha – Plataforma de Cidadania Monárquica

DOM DUARTE DE BRAGANÇA E O PATRIMÓNIO ESPIRITUAL DA PORTUGALIDADE


Veja aqui uma síntese da alocução proferida por S.A.R. Senhor Dom DuarteDuque de Bragança na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa no passado dia 19 no âmbito da Conferência "Património Espiritual da Portugalidade". Nesta intervenção o Chefe da Casa Real Portuguesa, profundo conhecedor e incansável paladino do vasto mundo português, desenvolve uma importante reflexão sobre o valor de uma cultura que se universalizou, dos traços impressivos que a expansão portuguesa deixou e da síntese que resultou do encontro com culturas africanas, americanas e asiáticas. 
Fonte:João Távora - Real Associação de Lisboa

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

BEATO CARLOS DE AUSTRIA O IMPERADOR CATÓLICO QUE MORREU NA MADEIRA



Hoje é dia do Beato Carlos de Habsburgo, um grande Imperador, um pai de Família e um grande homem
Carlos Francisco José de Habsburgo, Arquiduque e Príncipe Imperial da Áustria, Príncipe Real da Hungria e da Boémia, Príncipe Ducal de Lorena e de Bar, Príncipe de Habsburgo-Lorena, nasceu no pequeno Castelo de Persenberg. Era o filho mais velho do Arquiduque Otão (*1865 †1906) e da Arquiduquesa Maria Josefa (*1867 †1944), nascida Princesa Real de Saxe.
Desde muito jovem foi evidente a sua propensão para as coisas de Deus, faceta que se perpetuou ao longo de toda a vida, quer durante os anos da sua carreira militar quer posteriormente já como Imperador da Áustria e Rei da Hungria e como pai e chefe de família. Carlos de Habsburgo praticou exemplarmente os seus deveres de cristão, tanto em público como na esfera privada, procurando sempre o bem do próximo e fazendo tudo para aliviar o sofrimento dos mais necessitados.
Era frequente encontrá-lo a rezar recolhido no seu gabinete de trabalho e também na frente de batalha. Encorajava os seus soldados a rezar e, antes de dar início a uma reunião ou a qualquer outro acto formal ou informal era frequente pedir a quem estivesse consigo que o acompanhasse numa breve oração.
A 21 de Outubro de 1911, casou com a sua prima a Arquiduquesa Zita de Bourbon (*1892 †1989), Princesa de Parma, Princesa de Bourbon-Anjou, quarta filha do Duque de Parma, D. Roberto I (*1848 †1907) e da sua segunda mulher, a Infanta D. Maria Antónia de Bragança (*1862 †1959) -- esta última, filha do Rei D. Miguel de Portugal. A união conjugal de Carlos de Habsburgo com Zita de Bourbon foi abençoada pelo Papa São Pio X que "em audiência privada a Zita preconizou o futuro do seu consorte como imperador e revelou-lhe que as virtudes cristãs de Carlos seriam um exemplo para todos os povos".
Em 1903 o Arquiduque Carlos iniciava a sua carreira militar a qual iria terminar em 1916 já em plena I Guerra Mundial, ano em que subiu ao trono da Áustria com o nome de Carlos I, após a morte do seu tio-avô o Imperador Francisco José. Tornou-se príncipe herdeiro em consequência do assassinato do seu tio e herdeiro do trono, o Arquiduque Francisco Ferdinando, às mãos de nacionalistas sérvios, em Sarajevo, na capital da província da Bósnia-Herzegovina, facto que iria despoletar a Primeira Grande Guerra.
No seu curto reinado, como Imperador da Áustria e Rei da Hungria, Carlos de Habsburgo procurou incessantemente uma solução para a paz entre todos os beligerantes e mostrou uma preocupação contínua pelo bem-estar espiritual e material dos seus povos, revelando, neste aspecto particular, estar bem à frente dos Chefes de Estado seus contemporâneos.
Durante largos períodos, no decorrer da Primeira Grande Guerra, Carlos de Habsburgo ordenou o racionamento de víveres no palácio Real, à semelhança do que acontecia em toda a cidade de Viena. Ordenou também que se utilizassem os cavalos do palácio para a distribuição de carvão por toda a capital do Império, tendo igualmente lutado contra a usura e a corrupção que grassavam naquela época.
Todas as suas decisões, como monarca, eram tomadas, invariavelmente, em função de valores éticos e morais, pondo sempre em primeiro lugar o princípio cristão do bem do próximo por amor a Deus.
Essa sua forma de sentir e de agir levou-o a proibir bombardeamentos estratégicos de populações e de edifícios civis e a restringir a utilização do gás mostarda. Também fez aprovar leis que impediam a leitura de publicações obscenas nas fileiras do exército e deu início a um movimento destinado a distribuir aos militares que se encontravam na frente de batalha publicações com conteúdos edificantes, tendo estimulado e implementado a formação de uma imprensa de orientação católica.
Essa sua conduta exemplar tornou-se bem patente também nos momentos mais difíceis da sua vida. Com efeito, após ter sido obrigado a renunciar ao trono imperial e durante a sua reclusão em Eckartsau, foi contactado várias vezes por pessoas e grupos sem escrúpulos que lhe sugeriam que voltasse a ocupar o trono perdido, havendo nas propostas desses grupos motivações e interesses em nada coincidentes com a forma de sentir e de agir de Carlos de Habsburgo. Perante o conteúdo de de tais propostas recusou-as afirmando: "Como monarca católico, nunca farei um acordo com o mal, mesmo para recuperar o meu trono."
Por ocasião da última tentativa de restauração do trono imperial, com o apoio do governo Francês e do Vaticano, o Imperador-Rei foi feito prisioneiro e enviado para o exílio na Ilha da Madeira, onde acabaria por morrer pouco tempo depois vítima de doença súbita. Ao aperceber-se que o seu estado de saúde se ia agravando e que já estava próximo o fim da sua existência terrena, e muito brevemente estaria na presença de Deus, Carlos de Habsburgo mandou chamar o seu filho mais velho, o Príncipe Otão, para que se aproximasse do seu leito de morte. Com essa atitude queria Carlos de Habsburgo que o seu filho testemunhasse a fé com que ele se aproximava da morte, tendo afirmado: "Quero que ele veja como morre um Católico e um Imperador."
Coerência e integridade, palavras que caracterizam de modo perfeito a maneira de pensar, de sentir e de agir do Imperador Carlos de Habsburgo, traços marcantes da sua personalidade como Monarca, como Chefe de Família e como católico. Coerência e integridade do Monarca Carlos de Habsburgo perante os ensinamentos da Igreja Católica, aspectos que estiveram sempre presentes nas suas decisões políticas e nas leis que promulgou e que reflectem realidades diametralmente opostas à atitude tão em voga nos nossos dias, em que muitos políticos e governantes para manterem o seu prestígio pessoal e os seus cargos votam, se necessário, contra os ensinamentos da Igreja e contra a sua própria consciência.
Coerência e integridade, palavras que, infelizmente, vão fazendo cada vez menos sentido em largos sectores das sociedades ocidentais, onde os princípios morais e éticos são paulatina e quase que imperceptivelmente relegados para segundo plano e substituídos por um espírito de tolerância relativista, em larga medida sustentado pelos grandes média, frequentemente alinhados com sectores ideológicos que pretendem fomentar uma revolução nas mentalidades e nas formas de agir e de sentir dos povos da Europa Cristã, visando em última análise a transformação gradual e radical dos seus hábitos mentais, dos seus costumes e tradições e a cedência a novas formas de pensar, de sentir e de agir em tudo contrárias aos ensinamentos da Igreja e às de uma autêntica Civilização Cristã.
José Sepúlveda da Fonseca - SENZA PAGARE

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

SESSÃO DA TARDE DE ONTEM SOBRE A NOVA PORTUGALIDADE NA FDUL

Miguel Castelo Branco

JÁ ESTÁ DISPONÍVEL A REAL GAZETA DO ALTO MINHO Nº 9


Neste número pode ler:

 - Entrevista a Sua Alteza Real o Senhor Dom Duarte
- O perfil do Rei, por Miguel Villas-Boas...
- Ainda a propósito da Ética Republicana, por José Aníbal Marinho Gomes
- Monarquia?, por Carlos Aguiar Gomes
- O Chefe da Casa Real e o Protocolo do Estado, por Tomás A. Moreira




terça-feira, 18 de outubro de 2016

CONFERÊNCIA-DEBATE: "O PATRIMÓNIO ESPIRITUAL DA PORTUGALIDADE"


Promovida pela Nova Portugalidade, realiza-se no próximo dia 19 uma conferência da maior relevância subordinada ao tema O Património Espiritual da Portugalidade, tendo como orador SAR, o Senhor Dom Duarte de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa.
A todos os amigos de verdade e não só de palavras, um veemente apelo para que a partir de hoje divulguem e angariem o maior número de presenças.

ROTEIROS REAIS


Prezada Associada,

Os nossos Roteiros Reais estão de volta no dia 22 de Outubro, às 10:15. com uma visita ao Palácio do Correio-Mor (Estrada Nacional 8, 2670 Loures). Esta visita, e as que se seguirão, visam proporcionar aos nossos associados acesso a lugares e monumentos de interesse histórico, arquitectónico e artístico pouco acessíveis ao público em geral.

O Palácio do Correio-Mor foi residência do titular deste cargo, criado pelo Rei D. Manuel I. Um dos postos mais importantes da coroa portuguesa, o Correio-Mor foi também um dos homens mais ricos de Portugal. Este imponente palácio do século XVIII, exemplar único da arquitectura aristocrática portuguesa, foi mandado construir por Luís Gomes de Elvas Coronel, fundador de uma das dinastias postais mais antigas e importantes do mundo. No interior podemos admirar umas das melhores colecções de artes decorativas do barroco português.

Esta visita, que será guiada pelo nosso associado Joel Moedas Miguel, tem lugares limitados e um custo de € 10,00 por pessoa.

Para mais esclarecimentos e inscrições contacte-nos através do endereço secretariado@reallisboa.pt, pelo telefone 21 342 81 15 ou presencialmente na nossa Sede nos horários habituais.

Mais informamos que no dia 19 de Outubro, pelas 18:30, no Auditório da Faculdade de Direito de Lisboa (Alameda da Cidade Universitária), S.A.R. o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, proferirá uma conferência subordinada ao tema "O Património Espiritual da Portugalidade" a convite da Nova Portugalidade e com entrada livre.

Contamos com a sua presença!


A DirecçãoReal Associação de Lisboa
Praça Luís de Camões, 46 2° Dto
1200-243 Lisboa
Tlf.: (+351) 21 342 81 15
http://www.reallisboa.pt
https://www.facebook.com/RealAssociacaoLisboa
https://twitter.com/#!/Real_Lisboa
http://pt.linkedin.com/in/reallisboa
https://www.youtube.com/user/reallisboapt
Horário de atendimento: segunda a quinta-feira das 15:00 às 17:30, sexta-feira das 10:00 às 12:45

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

DOM DUARTE DISTINGUE CIDADÃOS ACTIVOS - PRÉMIO INFANTE D. HENRIQUE PARA 20 ALUNOS DA ESCOLA INTERNACIONAL DE OEIRAS



















October 4th, OIS – Oeiras International School, held the annual Duke of Edinburgh Award Ceremony


Photo: Duke of Edinburgh Award recipients with His Highness, the Duque of Bragança, Neale Davies – Prémio Infante D. Henrique project monitor, Luísa Beirão – Prémio Infante D. Henrique CEO, Chari Empis – OIS Principal, João Paulo Girbal - OIS President of the Board.