segunda-feira, 1 de agosto de 2016

LEMBRAR DOM AFONSO DE BRAGANÇA QUE NASCEU HÁ 151 ANOS


Para a vis galhofeira e despeitada, pois claro, o irmão mais novo de Dom Carlos I ficou para a história como o Arreda. Porém, foi muito mais, ou antes, serviu o país como nenhum outro infante português o fez no período final da monarquia. Militar, diplomata, agente de progresso e entusiasta das engenharias, foi também um governante de mérito, estabilizando a situação na Índia e granjeando grande popularidade entre os portugueses ultramarinos. A ele ficou também o país a dever o incremento que deu à constituição dos corpos de bombeiros voluntários, ainda hoje uma das mais significativas expressões do serviço à comunidade. Foi, também, fundador do Automóvel Club de Portugal. É tempo de desrepublicanizar a historiografia e repor nos pedestais aqueles que verdadeiramente serviram o Estado, a nação e o povo.
Dom Afonso de Bragança, conhecido como o Infante D. Afonso, de seu nome completo Afonso Henrique Maria Luís Pedro de Alcântara Carlos Humberto Amadeu Fernando António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando Inácio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança (Ajuda, Lisboa, 31 de Julho de 1865 — Nápoles, 21 de Fevereiro de 1920) foi o 3.º Duque do Porto, 24.º Condestável de Portugal e o 109.º governador e 51.º e último vice-rei da Índia Portuguesa.

Segundo filho do Rei Dom Luís I e da Rainha Dona Maria Pia de Saboia, princesa da Sardenha, e irmão mais novo do Rei Dom Carlos I, D. Afonso desempenhou as funções de Condestável do reino, tendo sido nomeado Vice-Rei da Índia em 1895, por ocasião de uma expedição a essas colónias. Representou algumas vezes o irmão em cortes estrangeiras. Foi general de divisão do exército português e inspector-geral da arma de artilharia. Era ainda comandante honorário dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.

Miguel Castelo Branco


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