quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

BENTO XVI DEIXA-NOS


---------------------

Vaticano: Papa despede-se «simplesmente» como «peregrino»

Pontificado de sete anos e 10 meses chega ao fim após renúncia de Bento XVI

Lusa | Saudação final de Bento XVI, Castel Gandolfo, Itália
Castel Gandolfo, Itália, 28 fev 2013 (Ecclesia) – Bento XVI despediu-se hoje dos fiéis como um “peregrino”, na última aparição pública do pontificado, que se conclui às 20h00 de Roma (menos uma em Lisboa) por decisão do Papa, que apresentou a sua renúncia.
“Sabeis que hoje é um dia diferente dos outros, já não sou Sumo Pontífice da Igreja - sou-o até às oito da noite, depois já não -, sou simplesmente um peregrino que inicia a última etapa da sua peregrinação nesta terra”, declarou, desde a varanda do palácio apostólico de Castel Gandolfo, arredores de Roma, propriedade da Santa Sé.
O futuro Papa emérito mostrou-se “feliz” à chegada a este local, vindo do Vaticano, de onde tinha partido em helicóptero, sobrevoando a Praça de São Pedro, às 17h07 de Roma.
“Quero ainda com o meu coração, com o meu amor, com a minha oração, com a minha reflexão, com todas as minhas forças interiores, trabalhar para o bem comum, para o bem da Igreja e da humanidade”, acrescentou, ao som das palmas dos presentes e dos sinos.
Bento XVI, de 85 anos, concedeu uma bênção aos presentes, “do fundo do coração”, convidando todos a avançar "juntos no Senhor, pelo bem da Igreja e do mundo".
“Obrigado, boa noite, obrigado a todos vós”, foram as palavras finais do pontificado, iniciado em abril de 2005, por volta das 17h41 locais (menos uma em Lisboa), após um discurso com pouco mais de dois minutos.
A Igreja Católica não tinha visto qualquer Papa resignar desde 1415, com a abdicação de Gregório XII.
Bento XVI deverá manter-se no palácio apostólico de Castel Gandolfo, propriedade da Santa Sé, durante um período de pelo menos dois meses, segundo o Vaticano.
Joseph Ratzinger irá morar posteriormente, já após a eleição do seu sucessor, num edifício que foi sede de um mosteiro de irmãs de clausura no Vaticano até há alguns meses e foi alvo de obras de renovação.
O momento final do pontificado de Bento XVI é assinalado pela partida da Guarda Suíça e o encerramento dos portões da residência pontifícia.
Este será o único sinal visível do início da Sé vacante – período entre a morte/renúncia de um Papa e a eleição do seu sucessor – à hora determinada pelo próprio Bento XVI quando apresentou a resignação, no último dia 11, justificando a decisão com a sua “idade avançada” e falta de forças.
Joseph Ratzinger realizou 24 viagens ao estrangeiro, incluindo um visita a Portugal, entre 11 e 14 de maio de 2010, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.
No total, as viagens pontifícias tiveram como destino prioritário a Europa (16), seguindo-se a América (3), o Médio Oriente (2), a África (2) e a Oceânia (1); a estas somam-se 30 visitas em solo italiano.
Bento XVI assinou três encíclicas: ‘Deus caritas est’ (Deus é amor), ‘Spe salvi’ (Salvos na esperança) e ‘Caritas in Veritate’ (A caridade na verdade).
Também presidiu a três Jornadas Mundiais da Juventude (Colónia, Sidney e Madrid), para além de ter convocado cinco Sínodos dos Bispos, um Ano Paulino, um Ano Sacerdotal e um Ano da Fé, que ainda decorre.
Em 2012, Bento XVI encerrou a sua trilogia sobre ‘Jesus de Nazaré’ com um livro sobre a infância de Cristo, dois anos após a publicação do livro-entrevista «Luz do Mundo», resultante de uma conversa com o jornalista alemão Peter Seewald.
No pontificado de Bento XVI foram canonizados 44 santos em 10 cerimónias, incluindo o português Nuno de Santa Maria, D. Nuno Álvares Pereira, a 26 de abril de 2009; Portugal conta também com duas novas beatas: Rita Amada de Jesus (beatificada a 28 de maio de 2006, em Viseu) e a Madre Maria Clara (21 de maio de 2011, Lisboa)
OC

CONFERÊNCIA: "DOM MANUEL II UM PATRIOTA NO EXÍLIO".

Esta quinta-feira, dia 28 de Fevereiro, às 17h30, no instituto D. Antão de Almada, no Palácio da Independência, em Lisboa, terá lugar a conferência “D. Manuel II, um patriota no exílio”, a cargo da Senhora Dra. D. Maria de Jesus Caimoto Duarte, associada da Real Associação de Lisboa. Esta é uma interessante iniciativa do Núcleo Feminino da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e da Associação das Antigas Alunas do Instituto de Odivelas. A entrada é livre.
Real Associação de Lisboa

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

400 MIL CARTAZES DIZEM "OBRIGADO" A BENTO XVI

Lisboa, 21 Fev 2013 (Ecclesia) – Um grupo de leigos católicos do Patriarcado de Lisboa financiou a distribuição gratuita de 400 mil cartazes de agradecimento ao Papa Bento XVI, que resigna ao pontificado a 28 de Fevereiro.
Metade dos cartazes, na horizontal, apresenta Bento XVI em gesto de saudação, e os restantes, orientados verticalmente, mostram o Papa a rezar diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, no santuário da Cova da Iria, durante a sua visita a Portugal entre 11 e 14 de maio de 2010.
Os fiéis que contrataram a aquisição dos cartazes optaram por manter o anonimato, revelou hoje à Agência ECCLESIA o padre Nuno Fernandes, porta-voz do Patriarcado de Lisboa, instituição que apoia a divulgação da iniciativa.
Os cartazes, com a dimensão de duas folhas A4, têm fundo amarelo e são dominados pelo branco, cores da bandeira da Santa Sé, enquanto que as fotografias de Bento XVI foram impressas em tons de cinzento.
As palavras, também a cinza, destacam a frase “obrigado Bento XVI”, seguida da data em que o Papa renuncia, 28 de Fevereiro de 2013, a indicação “Patriarcado de Lisboa” e, no fundo, uma sugestão: “coloque o cartaz na janela de sua casa, com vista para a rua num gesto de união e reconhecimento”.
Os exemplares estão a ser distribuídos nas paróquias de São João de Deus e Nossa Senhora do Amparo de Benfica, ambas na cidade de Lisboa, em Oeiras, Cascais e Caldas da Rainha, revela a página do Patriarcado no Facebook.
De acordo com o padre Nuno Fernandes os cartazes serão também distribuídos em Fátima, existindo pedidos de informação sobre a iniciativa provenientes das Dioceses de Setúbal e Viseu.
A escolha do sucessor de Bento XVI, eleito Papa a 19 de abril de 2005, ocorre, previsivelmente, no mês de Março, em conclave (assembleia fechada) a realizar no Vaticano com a presença de cardeais que não completaram 80 anos.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

SS.AA.RR., DOM DUARTE E DONA ISBEL PARTICIPARAM NA PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS EM LISBOA


Centenas de pessoas participaram na procissão do Senhor dos Passos.

Pela primeira vez, em 25 anos, foi feito o percurso original entre a Igreja de São Roque e a Igreja da Graça.

A Procissão do Senhor dos Passos da Graça teve início em 1587 por iniciativa de Luís Álvares de Andrade ao instituir uma irmandade com o intuito de colocar em prática, na sua cidade de Lisboa, o que o Marquês de Tarifa tinha começado em Sevilha, celebrando os Passos de Jesus Cristo em sua Paixão sagrada, imitando os passos que Ele mesmo tinha dado com a Sua Cruz até ao Calvário.

Além de ser considerada como a primeira procissão de Passos em antiguidade e a principal da quaresma da cidade de Lisboa ao longo dos tempos, veio este ano retomar o seu percurso original de São Roque à Graça, percurso este realizado pela ultima vez em 1987 por ocasião da comemoração dos seus 400 anos.

As imagens saíram da Igreja de São Roque, com destino à Igreja da Graça. A procissão foi presidida pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás.

----------------------------
A Procissão do Senhor dos Passos da Graça teve início em 1587 por iniciativa de Luís Álvares de Andrade ao instituir uma irmandade com o intuito de colocar em prática, na sua cidade de Lisboa, o que o Marquês de Tarifa tinha começado em Sevilha, celebrando os Passos de Jesus Cristo em sua Paixão sagrada, imitando os passos que Ele mesmo tinha dado com a Sua Cruz até ao Calvário.

Fotos de Abel Dias
Fonte:  Manuel Beninger

REINA


Por que razão não deve um Rei ser mais do que um símbolo? Porque os símbolos têm uma força que os simples mortais não atingem. Um Rei Constitucional tem uma função única: representar a sua comunidade, o mesmo significa representar-nos a nós, ao que estiveram antes de nós e aos que virão a seguir a nós. Achar que o Rei só o será se exercer o «mando», porque essa é a nossa «tradição», ou por nos representar a todos, é fazer dele uma vulgar peça do xadrez político, um agente igual aos demais, com a única diferença de que tirar-lhe o «mando» das mãos será muito mais difícil do que de qualquer outro governante. Por outro lado, a nossa tradição do Rei do «mando», quando a tivemos, mais não foi do que a consequência de uma influência (nefasta, a meu ver) do espírito do Ancien Régime francês, que o Marquês eternizaria na Avenida da Liberdade, uma pífia sombra dos Champs Élysées. Antes disso, os nossos Reis foram conquistadores, guerreiros, criaram e consolidaram o reino, mandavam, é certo, mas o poder público era ainda uma força bruta que não conhecia os limites impostos pela natureza moral e transcendente do homem, ditados pela força da razão e da razoabilidade, que só tempos mais tardios lhe haviam de trazer, e que muito nos arrependeríamos hoje se os deixássemos de ter. Também aqui, a «tradição» não foi só nossa, mas de todos os Reis e reinos do Renascimento e da modernidade pós-medieval. O poder era ainda uma pedra bruta e áspera a de lapidar. Não será, com certeza, por aqui que retiraremos lições para o modo como hoje queremos viver.
O modelo da Monarquia Constitucional, no qual o Rei Reina, mas não Governa, é, na verdade, o único que poderá equilibrar as instituições portuguesas e conferir seriedade e respeitabilidade ao país. Um Rei-símbolo, isto é, um Rei Constitucional, tem o poder imenso de refrear, com a naturalidade daquilo que ele mesmo é e representa, os vícios e defeitos que o uso do poder traz a qualquer sociedade. Como faz ele isso? Precisamente não agindo politicamente, estando constitucionalmente inibido de fazer política mesmo que abdique, não sendo um actor político que, por esse facto, seja visto e tratado de igual para igual por quem tem interesses de circunstância a defender. O poder disto é imenso. Como se apresentará a um rei, a alguém que vota a sua existência à comunidade, sem que possa agir politicamente sobre essa comunidade, e que, por isso, não pode senão ter o consenso público de todos (pela razão elementar de que nada que ele possa fazer poderá gerar dissensão), um político, um governante, um chefe de partido, um sindicalista, se não com, pelo menos, a mesma seriedade que o seu interlocutor lhe transmite? E como não poderá deixar de responder positivamente um qualquer desses agentes políticos a quem o rei lhe apresente um pedido que não possa ser senão de conciliação com o todo, melhor, com a comunidade que o Rei-Símbolo encarna? Imagina-se algum primeiro-ministro inglês, ou espanhol, ou sueco, que assuma um compromisso com o representante da sua coroa e intencionalmente se não esforce por o cumprir? Ou algum protagonista político que vá chantagear o Rei, perante a comunidade, para que ele lhe dê uma vantagem política sobre um adversário, quando, ainda por cima, isso lhe está vedado?
De um Rei de uma sociedade livre não se espera que governe, menos ainda que tome decisões de soberania. Isso só será legítimo quando estiver em perigo a própria comunidade, e isso será, então, um gesto quase reflexivo de legítima defesa e não uma decisão de exercício poder. Não será uma decisão de A em detrimento de B, mas uma atitude que beneficiará igualmente A, B, C e D. Foi o que sucedeu, por exemplo, com Juan Carlos, na crise da tentativa de golpe de estado de 1981. Nenhum Rei que não fosse um símbolo respeitado por todos conseguiria evitar a guerra civil que esteve para acontecer. De resto, do mesmo modo que não se espera que um Rei do Oriente, dos que ainda hoje são considerados deuses vivos, comece a operar milagres e prodígios paranormais, também não deve ter-se a expectativa de que um Rei deva governar a sua comunidade, isto é, se governe a si mesmo. Isso fica para os políticos, que hoje pensam uma coisa e amanhã coisa diferente. O Rei Constitucional terá de os acolher a todos, tendo apenas como único critério de ingerência a obrigação moral de subsistência e respeito pela comunidade.
Rui A, no blogue Portugal Contemporâneo - Publicado por Manuel Beninger

domingo, 24 de fevereiro de 2013

S.A.R., O DUQUE DE BRAGANÇA RECEBE PRÉMIO MERECIDO

Foto da visita de Sua Alteza à Associação Famílias no dia 19 de Janeiro de 2013, com Dr. Carlos Aguiar Gomes, Presidente da Associação Famílias.

A Associação Famílias entregou ontem, pelas 16h00, a S.A.R., Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, o Prémio Pro-Família. A cerimónia decorreu na sede da instituição, na rua de Guadalupe n.º 73 – S. Vicente. Segundo a Associação Famílias, esta será uma oportunidade de apresentar todo o trabalho desenvolvido pela Instituição há já 25 anos a uma personalidade que é conhecida pelo seu empenho em causas sociais relevantes.
Cesmion, 23 de Fevereiro de 2013.

Mais fotos AQUI de Sua Alteza àquela Instituição a 19 de Janeiro de 2013.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

E DAÍ?


O Mundo foi surpreendido com a notícia da renúncia do Papa Bento XVI (antes de prosseguir convém esclarecer que não se irá abordar o tema sob o ponto de vista espiritual). Segundo a tradição o Papa exerce a sua função desde que é eleito até à sua morte. “É um trabalho para a vida.” O facto de o Vaticano ser uma Monarquia aparentemente faz com que a surpresa para muitos seja ainda maior (isto é, pelo menos para aqueles que sabem que o Vaticano é uma Monarquia). É certo que é uma Monarquia com características muito específicas mas ainda assim uma Monarquia e, também por este ponto de vista, era suposto que um Papa só abandonasse o cargo devido à sua morte.

Mas os tempos são outros e até o tradicionalíssimo Vaticano parece estar consciente disso.

Passando para um Estado muito mais liberal, também nos Países Baixos (erroneamente chamados de Holanda) S.M., A Rainha Beatriz decidiu abdicar após um considerável reinado de 33 anos e com uma elevadíssima popularidade. A intenção é declaradamente dar lugar à geração mais nova. E abdicou como a Sua mãe e a Sua avó haviam feito.

Com esta renúncia e esta abdicação mostrou-se aquilo que muitos monárquicos têm vindo a dizer: numa monarquia é normal que o Monarca reine até morrer mas não é obrigatório que assim seja. Caso o Monarca não se encontre com capacidade (quer física quer mental) para continuar a exercer o cargo pode ocorrer a renúncia (ou abdicação, conforme o caso) sem que isso deva ser considerado como algo surpreendente. Existe ainda a hipótese da regência. No entanto a mudança é feita de tal modo que a estabilidade dos respectivos Estados fica assegurada.

Tanto o Vaticano como os Países Baixos são Monarquias Ocidentais embora com características muito díspares. Em ambas os seus líderes vão deixar o poder (por livre vontade): uma renúncia e uma abdicação. Pois muito bem, e daí? Qual o espanto?

Servirão estes dois acontecimentos para mostrar que um Monarca não exerce, necessariamente, o poder até morrer como alegam alguns mal-intencionados?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

REAIS EM BICICLETA

Já sabíamos de comunicações anteriores que  S.A. O infante Dom Affonso, era “um distincto velocipedista”, mas não tínhamos visto o quanto. Admirado fiquei por saber que também a Rainha Mãe participava nestes passeios.Nesta foto temos partindo da esquerda: José de Mello , José de Sena , a Marquesa de Belas, Dom Afonso , Benjamim Pinto, a Rainha Mãe Dona Maria Pia (com cerca dos seus 50 anos) e Alfredo Albuquerque num passeio na Serra de Sintra.
Dizem-me que este passeio foi na estrada de Cascais para Colares, depois Malveira, Alcabideche a caminho da Penha Longa, almoço no pinhal e depois Estoril voltando pela estrada de Sintra.
Ao que parece que estes passeios eram frequentes nos idos de 1893.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

S.A.R., DOM DUARTE ESTEVE PRESENTE NAS COMEMORAÇÕES DO 900º ANIVERSÁRIO DA ORDEM SOBERANA E MILITAR DE MALTA EM ROMA

No dia 10 de Fevereiro, os membros da Delegação Portuguesa da Ordem Soberana e Militar de Malta deslocou-se a Roma para participar nas cerimónias comemorativas do 900º aniversário da assinatura da Bula fundadora da Ordem pelo Santo Padre Pascoal II.
S.E. o Sr. Conde de Albuquerque, ofereceu um jantar de retribuição ao Exm.º Sr. Conselheiro Dr. Luiz Manuel de Albuquerque Veloso nos salões do Circollo degli Sccachi  no passado dia 9 de Fevereiro.
Dignou-se estar presente S.A.R., O Duque de Bragança.

SS.AA.RR., OS DUQUES DE BRAGANÇA NO LANÇAMENTO DO LIVRO "MAFALDA DE SABÓIA"



Diana de Cadaval apresentou no dia 16 de Fevereiro, no Palácio da Cidadela em Cascais, o seu 3º romance histórico “Mafalda de Saboia” e contou com a presença de SS.AA.RR., Os Senhores Duques de Bragança.
Editado pela Esfera dos Livros, Mafalda de Sabóia conta a história emocionante da mulher que partilhou o destino de Dom Afonso Henriques e de Portugal. Rainha destinada a garantir a continuidade da dinastia e a legitimidade do reino.
O Grupo Danças com História apresentou um conjunto de danças medievais. Seguiu-se um beberete.


Blog InParties, de Isabel Nogueira
A Rainha que partilhou o destino de Dom Afonso Henriques e de Portugal
Sobre a obra:
Quando a sua amiga Dona Teresa lhe contou, entre lágrimas, o terrível segredo que guardava há anos no peito, Dona Mafalda de Sabóia sabia que morreria sem nunca poder contar a verdade sobre o seu marido Dom Afonso Henriques. A legitimidade e consolidação do reino de Portugal, perante a Santa Sé e o mundo, razões pela qual fora escolhida para partilhar o destino com o primeiro Rei deste reino distante, dependia de si e do seu silêncio. Mafalda de Mouriana, filha do conde Amadeu III de Saboia, chega a Portugal, em 1146, aos 20 anos para casar com Dom Afonso I, que aos 37 anos, ganhara uma áurea de conquistador, graças às duras batalhas que ia vencendo contra os infiéis. Mafalda não encontrou em Portugal a felicidade desejada. Procura na ajuda aos mais necessitados, o amor que não encontra nos braços violentos de Dom Afonso, com quem mantém uma relação distante e conflituosa. Entre guerras e conquistas, o marido preferia cair nos braços da amante Châmoa Gomes. De si, sua legítima esposa, procurava apenas a garantia da continuidade da dinastia que iniciara. Tarefa que Dona Mafalda cumpriu com honra até à data da sua morte, em 1157. Foi mãe de sete filhos e sentou no trono Dom Sancho I. Portugal era agora um reino independente reconhecido pela Santa Sé. Morreu sem nunca revelar o segredo que poderia ter mudado a história do país para sempre… 
 Esfera dos Livros 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

DOM DUARTE DE BRAGANÇA: O SÍMBOLO VIVO DE UM PAÍS QUE TEIMA EM NÃO DESISTIR


Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael é o seu nome, extenso, como a História do País e da Família que se sentou no Trono de Portugal até 1910.Mas nem a Revolução do 5 de Outubro impediu os Bragança de continuarem teimosamente o seu papel histórico à revelia do que parecia ser o rumo da evolução.

A história provou que estavam certos , a Casa Real apesar de não reinar está bem fundeada na vida dos portugueses do País que representam como se de um um outro país numa outra realidade se tratasse. Dom Duarte é uma verdadeira embaixada itinerante de Portugal no Mundo e um símbolo da tenacidade de um País que insiste em não desistir.

Poderiamos falar na teimosia de Dom Afonso Henriques, da sabedoria de Dom Duarte ou mesmo na grandeza de espirito de um Dom Diniz ou de um Dom João II, todos os adjectivos e cognomes que atribuimos aos Monarcas representam o espírito da época em que reinaram e o trabalho que deixaram a par da deferência que todo um povo lhes atribuia, mas dificilmente podemos atribuir uma frase que descreva a teimosia e perseverança que se apossou dos descendentes de Dom Afonso I após a partida para o exílio.

Dom Miguel partiria em 1834, para não mais voltar (assim pensavam os seus conterrâneos e assim deixaram escrito em Lei).Dom Manuel II partiria para destino semelhante 76 anos depois e mais uma vez julgava-se que era de vez (e repetia-se o processo Legal).Tal como o chão de Lisboa onde Pombal martirizara os Távoras se julgava estéril ad eternum também com a descendência de Dom Miguel a eternidade provar-se-ia de expressão menor.
Duas gerações depois os Bragança voltavam a Portugal na Pessoa de Dom Duarte Nuno (neto de Dom Miguel I) a contra-gosto do regime que via em Dom Duarte Nuno um espírito independente que influenciava muita gente e que representava um perigo real para o regime, um regime que pretendia fazer com os portugueses o mesmo que o 5 de Outubro de 1910 fez com o Rei: exilá-los.

Para o Estado Novo era complicado querer petrificar a glória e o labor dos Monarcas portugueses e ter ao mesmo tempo um legitimo descendente (que ainda por cima era assim reconhecido pela população) com ideias próprias a andar livremente e de viva voz pelo País sem a ajuda de um qualquer historiador ou arqueólogo do regime.

Pouco tempo depois o povo, seguiria o exemplo: livrar-se-ia do exílio e retornaria à democracia com o 25 de Abril. Afinal a Republica nada tinha aprendido com o Marquês de Pombal.

Os descendentes dos Reis de Portugal poderiam ter optado pela via que a maioria das famílias Reais exiladas opta: viver comodamente no lugar que a História lhes reservava.Mas a estirpe da Coroa nacional é diferente e tal como o seu povo tem tendência a recusar aquilo que é o “curso natural dos povos” e insistir naquilo que lhe é mais verdadeiro em consciência.

É muito provável que continuemos a ver Dom Duarte, um português, a percorrer o seu País e o Mundo a apregoar os aspectos positivos de Portugal, com a simpatia das populações e a contragosto dos republicanos de uma nova República que insiste em negar o óbvio. São precisas mais do que duas Constituições, três revoluções e 100 anos de mentiras para erradicar o português de Portugal.
Como diz o Povo: Portugal é “alma até Almeida” e o seu Monarca não poderia ser diferente.

RGS, omantodorei

sábado, 16 de fevereiro de 2013

POR UMA CAUSA REAL


Joaquim Leandro Monteiro Costa e Nora nasceu a 9 de Maio de 1954, em Coimbra. Passou a infância em Murtede, no concelho de Cantanhede, e a juventude em Coimbra. Praticou andebol, basquetebol e râguebi e, ainda hoje, continua intimamente ligado ao desporto, sendo Presidente do Conselho Fiscal da Associação de Basquetebol de Coimbra. Licenciou-se em Direito e ainda pensou ser diplomata. Casado, tem três filhos, três netos e é confrade na Confraria da Rainha Santa Isabel. Costa e Nora é também conhecido por ser um defensor da monarquia, regime político que promove em diversos eventos e iniciativas.

Joaquim Costa e Nora materializa a imagem que temos de um cavalheiro, algo que transparece nos seus gestos e na sua forma de estar. Escolheu seguir uma carreira na advocacia, embora durante algum tempo tivesse ponderado licenciar-se em Economia. Já sobre quem deve ocupar o cargo de Chefe de Estado de Portugal, o advogado não tem dúvidas: o Rei.

O seu escritório de advocacia, que partilha com o irmão José Sampaio Nora e outros familiares, encontra-se numa rua de Cantanhede baptizada com o nome do primeiro Rei de Portugal — D. Afonso Henriques. “Como não podia deixar de ser”, brinca Joaquim Costa e Nora, advogado e apoiante da Causa Real. Coincidência ou não, também a estátua de D. António Luís de Meneses, Marquês de Marialva, figura central na Restauração da Independência, aponta para o local de trabalho do causídico.

Estas curiosidades foram referidas no decorrer de uma breve conversa telefónica que tivemos com Costa e Nora para agendar uma entrevista. Por isso mesmo, quando chegámos ao seu escritório, já sabíamos estar perante um acérrimo defensor da monarquia. Também o emblema que trazia na lapela do casaco, representando as armas reais, denunciava a sua convicção política.

Sobre a Monarquia e sobre o que o advogado considera ser a nova “nobreza” falaremos mais à frente. Para já, vamos começar pelos primeiros anos de vida de um homem que veio ao Mundo em 1954, em Coimbra, concretamente “na Clínica dos Olivais, embora a sede familiar estivesse então em Murtede”. Foi nesta localidade do concelho de Cantanhede que residiu durante a infância, juntamente com os pais — um advogado e uma licenciada em Farmácia — e os dois irmãos mais velhos. “Quando os meus irmãos entraram no Liceu, deixei a Escola de Murtede e passei a frequentar a Escola Primária de Santo António dos Olivais, em Coimbra. A última metade da quarta-classe foi passada na Escola de Sepins [Cantanhede]”. “Posso dizer, com algum orgulho, que ainda tenho bons amigos que conheci nas três escolas que frequentei”.

Diz ter vivido uma infância feliz e, mesmo que não houvesse tantas distracções como hoje em dia, diz não se recordar “de ter tempos em que me maçasse. Tinha sempre a companhia de bons amigos. Aliás, a amizade era tão boa que quando seguimos caminhos diferentes nos estudos, nas férias juntávamo-nos e, inclusivamente, numas férias de Natal, formámos em Murtede um grupo de teatro”. O grupo ensaiava no Centro de Recreio Popular de Murtede, ligado à FNAT (Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho), a instituição que precedeu o INATEL.

Trabalho de equipa
De Sepins o jovem Joaquim Costa e Nora seguiu para o então Liceu D. João III, em Coimbra, cidade para onde entretanto se tinha mudado definitivamente com a família. Dos sete anos no Liceu, hoje a Escola Secundária de José Falcão, recorda o elevado nível de exigência dos professores. “Todo o ensino era exigente. Não havia as facilidades que há hoje, em que os alunos quase são levados ao colo. Ali havia estímulo. Os professores, que eram muito bons, estimulavam os alunos a aprender”. De entre os docentes que o marcaram destaca Álvaro Silveira e Monteiro Rodrigues. Na sua memória guarda ainda alguns professores de Educação Física, responsáveis por o terem incentivado a praticar diversos desportos, como o andebol, o basquetebol e o râguebi, sendo este último o que praticou durante mais tempo. “Cheguei a jogar râguebi pela Associação Académica [de Coimbra], de manhã, e, à tarde, futebol pelo C.R.P. Murtede, no campeonato da FNAT. Gostei sempre de desporto e, sobretudo, de desportos de equipa, daí a razão de não gostar de falar de mim, mas das minhas “equipas”.

Continuou a jogar râguebi enquanto frequentou o ensino superior, mas o basquetebol também sempre foi uma das suas paixões, tendo pertencido à Direcção da Secção desta modalidade no Clube Académico de Coimbra. De facto, a sua paixão pelo “desporto rei” norte-americano estende-se até à actualidade. Embora já não drible e enceste, presta o seu apoio com os conhecimentos jurídicos que adquiriu ao longo dos anos. “Mais recentemente, a secção de Basquetebol da Associação Académica [de Coimbra] passou por momentos menos bons e uma equipa directiva a que pertenci e de que fui Presidente durante três épocas, conseguiu recuperar a secção, ao ponto de hoje o basquetebol da Académica só ser suplantado pelas profissionalíssimas equipas do Benfica e do Porto”. Também integra o Conselho Desportivo Municipal de Coimbra, um órgão consultivo independente, e é presidente do Conselho Fiscal da Associação de Basquetebol de Coimbra.

Joaquim Costa e Nora licenciou-se em Direito, pela Universidade de Coimbra, cumprindo a tradição familiar iniciada pelo pai e continuada pelo irmão mais velho. Mas Direito não foi, pelo menos durante um período, o curso que Costa e Nora ponderou seguir. “Tinha relativamente boas notas a Matemática e, portanto, pensei ir para Economia, como acabou por ir um dos meus filhos. Só que em Coimbra [ainda] não havia Faculdade de Economia, de maneira que acabei por cursar Direito”.

Enquanto frequentava o curso, o universitário pertenceu ao Orfeon Académico de Coimbra e frequentava o Centro Académico de Democracia Cristã (CADC), também conhecido por Instituto Justiça e Paz. Aos fins-de-semana, ministrava a catequese em Murtede. Em termos profissionais futuros acalentou, durante algum tempo, o desejo de seguir uma carreira diplomática. Porém, o sonho acabou por nunca se cumprir. “Um das coisas que estava nos meus horizontes seria a carreira diplomática, que acabei por deixar de lado porque, entretanto, no final do meu curso, “deu-se” o 25 de Abril e, como aluno, estive saneado durante dois anos e impedido de fazer exames”. Porquê? “Por motivos políticos, naturalmente. As pessoas que na altura estavam à frente dos plenários da Faculdade não eram propriamente muito tolerantes e eu não era da cor política delas. Sempre fui uma pessoa reconhecidamente de direita. Como a carreira diplomática era uma carreira muito hierárquica e dependente da administração do Estado, deixei-a de lado”.

Depois de concluída a licenciatura em Direito, em 1977, Costa e Nora cumpriu o serviço militar na Escola Prática de Administração Militar, em Lisboa, no 1.º Curso Especial de Oficiais Milicianos de 1978. “Curiosamente, fui o primeiro classificado desse curso”. Depois, seguiu para o Estado-Maior General das Forças Armadas, também na capital, e, posteriormente, para a Comissão de Extinção da PIDE/DGS, em Coimbra. “Funcionava no edifício anteriormente ocupado pela própria PIDE. Instruíamos processos que depois iriam para o Tribunal Militar, onde um Promotor de Justiça entendia se os processos deveriam, ou não, ser submetidos a julgamento militar”.Concretamente, o que Costa e Nora e os colegas faziam era apurar quem tinha pertencido à polícia do antigo regime. Pouco antes de terminar o serviço militar foi promovido a alferes e passado à disponibilidade. “Hoje estou na reserva”.

Enquanto cumpria o serviço militar completou o estágio profissional em advocacia, no escritório do pai, em Cantanhede. Tornou-se advogado em 1978, o ano em que também se casou.“Quando eu comecei só havia meia dúzia de advogados em Cantanhede”, recorda. Ao longo dos mais de 30 anos de profissão revelou ser um notável causídico. Confessa-se apaixonado pela profissão, embora não goste de comentar os processos em que esteve envolvido.

Um Real Chefe de Estado
Joaquim Costa e Nora é, desde a juventude, um apoiante da Causa Real, acreditando que o Chefe de Estado deve ser o Rei e não o Presidente da República. De uma forma resumida explicou-nos a razão desta sua convicção. “No meu ponto de vista, o que se nota nas eleições para Presidente da República, é que criam uma divisão. Qualquer Presidente da República, quando chega ao momento de tomar uma posição, é sempre acusado, ou pelos que o elegeram, que o acusam de traição, ou pelos outros, que o acusam de estar a proteger os que o elegeram. Portanto, nunca tem paz”. “Entendo que o Rei — e não a nobreza, entenda-se, até porque nobreza existe em República, que são os membros dos aparelhos partidários — sendo preparado e não estando dependente de eleições e de apoios partidários, é muito mais independente do que o Presidente da República”.
Nos antepassados mais próximos do advogado não há registo de monárquicos, exceptuando o pai que tinha “alguma simpatia” por este regime político. “Isto talvez funcione como contra-peso. Por exemplo, o meu avô, como viveu em Monarquia, consta que era Republicano”.
Curiosamente, Costa e Nora não é militante do Partido Popular Monárquico (PPM). “Embora tenha muita simpatia pelo partido, o PPM está como partido no arco do Governo. Os partidos têm os seus combates eleitorais numa área de Governo. E eu entendo que o Rei deve reinar e não governar. O Rei é um chefe de Estado, é um símbolo nacional, tal como a Bandeira e o Hino Nacional”.

Nas últimas décadas o causídico tem vindo a bater-se pela divulgação da Causa que apoia, nomeadamente através da participação em cerimónias que evocam momentos importantes da história da nacionalidade. “A nossa actuação funciona também noutros âmbitos. Criámos o Instituto da Democracia Portuguesa, de que fazem parte pessoas que não são monárquicas. Pretendemos arranjar soluções para Portugal. Fazemos várias reuniões, os chamados fóruns, e chegamos a conclusões”. Refira-se que essa vontade de arranjar novas ideias para salvar o País da crise deu origem ao livro “Plano C”, uma obra que reúne depoimentos de nomes conhecidos como Gonçalo Ribeiro Telles, Rui Moreira e Rui Rangel.

Depois de mais de uma hora à conversa com Joaquim Costa e Nora, o advogado alertou-nos para a sua necessidade de se ausentar de Cantanhede. A agradável troca de palavras tinha-se estendido mais do que o previsto e Costa e Nora tinha um compromisso em Coimbra, ao qual não podia faltar. Estávamos a 1 de Fevereiro, um dia banal para muitos, talvez, mas de grande relevo para os monárquicos: foi no primeiro dia de Fevereiro, do ano de 1908, que o Rei Dom Carlos e o Príncipe Dom Luís Filipe foram assassinados. E, tal como é hábito, o nosso entrevistado ia assistir a uma missa de evocação do regicídio.
Autor: Luís Monteiro (Redacção AuriNegra)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

BUSTO D'EL REI DOM MANUEL II


Museu: Museu José Malhoa
N.º de Inventário: Esc 42
Supercategoria: Arte
Categoria: Escultura
Título: El-Rei Dom Manuel II
Autor: Almeida Sobrinho, Simões de (Figueiró dos Vinhos, 1880 - Lisboa, 1950)
Datação: 1908 d.C. - Época Contemporânea
Matéria: Gesso
Dimensões (cm): altura: 66; largura: 59; profundidade: 29;
Descrição: Busto de El-Rei D. Manuel II, sobre base de secção quadrada, com a cabeça direccionada para o lado esquerdo do observador, a 3/4. Ainda jovem, o rosto apresenta um tratamento suave, sendo evidente o sinal junto do nariz. Enverga casaco de colarinho alto ornamentado com elementos vegetalistas, com galões e três condecorações no lado direito; uma faixa em diagonal atravessa o peito.
Incorporação: Doação - Oferta do Autor
Origem / Historial: Em 1944, o autor ofereceu o original em gesso ao Museu de José Malhoa. Em 1959, o Museu mandou proceder à sua reprodução em bronze (inv.42-A) na Fundição de Arte, em Vila Nova de Gaia. O gesso foi depositado, em 1978, no Museu de Escultura Comparada, em Mafra. Por despacho ministerial de 15 de Outubro de 1985, sobre parecer do Director do Palácio Nacional de Mafra, o depósito foi transferido para a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que havia solicitado ao Palácio Nacional de Mafra a cedência, a título de empréstimo ou de depósito, de peças de interesse histórico-cultural para valorizar o Museu Municipal da Bobadela. Em conjunto com mais 27 esculturas, a peça foi entregue em 7 de Abril de 1986, encontrando-se actualmente na Casa-Museu da Fundação D. Maria Emília Vasconcellos Cabral, em Oliveira do Hospital. Este objecto está relacionado com os seguintes objectos (2.0): Nº de inventário: MJM Esc 42-A; Denominação: El-Rei D. Manuel II; Localização: Museu de José Malhoa.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

LIVRO: RAINHAS QUE O POVO AMOU



Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen nasceu em 1837 no principado de Sigmaringen, no actual estado alemão de Baden-Wurtemberg. Era neta do príncipe reinante, filha dos Oríncipes Herdeiros e parente próxima dos Bonaparte. Rainha de Portugal pelo seu casamento com Dom Pedro V em 1858, faleceu em Lisboa no ano seguinte. A sua curta vida, tão ao gosto romântico, foi rapidamente idealizada. Mulher instruída, com convicções políticas firmes e espírito reformador, foi, contudo, incapaz de ter a influência que desejava. Quanto à apreciação da relação conjugal, também aqui este livro se afasta da interpretação comum.
Maria Pia de Saboia nasceu em 1847 em Turim, capital do reino da Sardenha. Era neta do rei Carlos Alberto, filha dos Príncipes-Herdeiros, Vítor Manuel de Sabóia e Maria Adelaide de Habsburgo. Tornou-se Rainha de Portugal em 1862, não tendo ainda 15 anos. A figura de Maria Pia tem sido tratada com displicência, dela se forjando uma imagem distorcida. O recurso a documentação privada permite rever profundamente a sua personalidade. Mulher inteligente, generosa, arrojada e majestosa, foi a Rainha mais amada no século XIX, a que mais tempo «reinou» e a que mais contribuiu para a boa imagem da Família Real, apesar dos seus gastos. Manteve com Dom Luís uma relação terna e cúmplice, inclusive em assuntos políticos. No reinado de Do Carlos exerceu aação diplomática até agora ignorada. Quanto ao rumor sobre a sua loucura após o Regicídio, não se encontraram provas que o sustentem. Faleceu no seu Piemonte natal em 1911, após 9 meses de exílio.
A leitura é um Oásis
Pode comprar online aqui:  Fnac

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA DE S.A.R., DOM DUARTE, AO JORNAL "ECONÓMICO" - 08 DE FEVEREIRO DE 2012


DESCRIÇÃO: Está em vias de ter tripla nacionalidade, mas é em Portugal que gostaria de reinar. Em entrevista ao "Conversas com Vida" do ETV, Dom Duarte, Duque de Bragança, acredita que poderia colaborar mais com o actual Governo e garante que "90% dos filiados no CDS são monárquicos". O Herdeiro legítimo do Trono de Portugal acredita ainda que "nunca teríamos chegado a esta situação de falência fraudulenta" com uma Monarquia. "Conversas com Vida" de 8 de Fevereiro de 2013.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

S.S., O PAPA BENTO XVI ANUNCIA A DECISÃO DE DEIXAR O CARGO


Eis as palavras com que Bento XVI anunciou a sua decisão:

Caríssimos Irmãos,

Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.
Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.