quinta-feira, 18 de agosto de 2011

VAMOS LÁ VER!

A temática de hoje pode soar a repetição para alguns mas atendendo às confusões que ainda parecem subsistir em algumas pessoas, julga-se proveitoso voltar ao mesmo assunto.
Não é possível pensar-se em Monarquia Ocidental sem se pensar imediatamente em democracia. Este dois são conceitos indissociáveis. Já se sabe que há quem não goste dos exemplos normalmente referidos para ilustrar essa relação entre Monarquia e democracia mas a verdade é que países como Espanha, Países Baixos, Luxemburgo, Bélgica, etc são Monarquias e todos vêem esses países como democráticos. Neles existem eleições livres para órgãos nacionais (Governo e Parlamento) e órgãos locais (o que em Portugal corresponde a Juntas e Câmaras Municipais). Nas Monarquias existem eleições (e referendos) livres que, pela independência do Chefe de Estado relativamente às forças politicas, vêem o seu poder reforçado. Se as Monarquias Ocidentais não fossem democráticas por certo não seriam aceites nem pelas populações nem pela comunidade internacional e há muito teriam deixado de existir.
Desta forma a questão do regime prende-se no debate Monarquia versus República. A questão da democracia não se coloca (pelo menos do dado da Monarquia já que nenhum monárquico aceitaria dela abdicar).
Dirão alguns que nas Monarquias o Monarca é apenas uma figura decorativa e simbólica, só tolerada por questões históricas. Pura ilusão! É verdade que os Monarcas não participam na governação dos seus países (a sua função é reinar e não governar) mas a sua acção, embora normalmente seja discreta, vai muito além da simples decoração: contribui activamente para a estabilidade nacional (entre outros pontos, devido à sua já referida independência perante os poderes políticos).

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