quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

PEDRO QUARTIM GRAÇA: PASSAR CHEQUES EM BRANCO? NÃO OBRIGADO!

Nunca compreendi a posição daqueles que gostam de votar em branco. Muito menos quando, na prática e através desse tipo de voto, não fazem mais do que passar um cheque em branco ao Regime. Votar, nulo ainda compreendo. Trata-se de um voto de protesto. Votar em branco não é mais do que evidenciar no boletim de voto a vacuidade de uma intenção, quiçá boa por parte do seu autor mas, na verdade, imperfeita e perigosamente expressa. O Regime, naturalmente deliciado, agradece. Tratou-se de um voto válido, que não contou como abstenção, essa sim penalizadora para quem vai a votos, e foi completamente inofensivo no que diz respeito a fazer "mossa" ao poder.
Em qualquer dos casos, anulando o seu voto ou votando em branco, está sempre a ajudar o candidato ou o partido com o qual não concorda a continuar no poder. Sai da assembleia de voto convencido que compareceu para cumprir os seus deveres de cidadania mas, no final, o seu voto de nada serviu. Foi de uma perfeita inutilidade. A alternativa? Na verdade existem duas: vote em alguém ou, ao contrário, abstenha-se. São essas as duas únicas mensagens que o poder percebe. Tudo o resto é inútil.
RISCO CONTÍNUO

6 comentários:

João Mattos e Silva disse...

Já manifestei ao Pedro Quartim Graça a minha discordância. Mas reafirmo que o voto nulo é um voto de prtotesto, que no voto branco se pode pôr subrepticiamente uma cruzinha e que a abstenção pode significar desde indiferença até achar que mais vale ficar a ver o CSI na televisão. Se temos direito ao voto- mesmo nas presidenciais - devemos usá-lo para manifestar o nosso protesto contra a república.

Maria Menezes disse...

Então como protesto, devemos engolir o sapo e ir votar VOTO NULO?
Eu pelo menos irei proceder como tenho feito há muitos anos e dar o meu voto ao Rei.
Já nas últimas presidenciais, a SIC comentou que haviam muitos votos de monárquicos e se já somos muitos, é a nossa chance nestas eleições. Não acha João?

João Mattos e Silva disse...

Cada um fará como entender e que a porcaria das presidenciais não sirva para os monárquicos de atirarem uns aos outros por coisas menores. Eu dou o meu voto ao Rei anulando o voto com uma frase monárquica: ou "viva o Rei" ou "Eu quero um Rei".E não abdico do meu direito de voto, porque sou democrata.

Maria Menezes disse...

Concordo em absoluto! Nesta altura do "campeonato" os monárquicos têm que estar unidos e não vejo nada... até há uns que andam a apoiar as campanhas presidenciais.

amsf disse...

Já encontrei o candidato que há-de levar o meu cartão vermelho às elites portuguesas, esse candidato é o José Manuel Coelho.

Palhaço e maluco é o povo que vota sempre da mesma maneira esperando obter resultados diferentes!

Maria Menezes disse...

O mal é esse. Os portugueses vão para as eleições votarem no clube favorito...