quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

IMPRENSA: NOTÍCIAS RELACIONADAS COM O 1º DE DEZEMBRO DE 2010

PORTUGAL DEVERIA PEDIR APOIO FINANCEIRO AOS PAÍSES LUSÓFONOS
Lisboa, 01 dez (Lusa) -- O Chefe da Casa Real portuguesa, D. Duarte de Bragança, defendeu hoje que Portugal se deveria virar para o espaço lusófono como alternativa a um eventual apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE).
"Deveríamos tentar outras alternativas além do FMI e da UE", considerou Dom Duarte de Bragança, em declarações à Agência Lusa, à margem das cerimónias comemorativas da restauração da independência portuguesa e da homenagem aos heróis da restauração, que decorreram em Lisboa.
"Deveríamos tentar negociar. Assim como Timor disponibilizou o apoio a Portugal, o Brasil, pelo que sei, teria também interesse em apoiar Portugal", afirmou o Chefe da Casa Real, acrescentando que a hipótese de um apoio de Angola seria também "muitíssimo interessante, como forma de fraternidade lusófona".
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S.A.R., DOM DUARTE DE BRAGANÇA PEDIU A NACIONALIDADE TIMORENSE
"A Casa Real já encetou os contactos para a obtenção da dupla nacionalidade, portuguesa e timorense, através de um pedido comunicado ao Presidente, José Ramos Horta", declarou o Chefe da Casa Real. O Chefe da Casa Real, Dom Duarte de Bragança, pediu a nacionalidade timorense, devido às "relações profundas com Timor-Leste", afirmou numa entrevista à agência Lusa. "Gostaria de ter a nacionalidade timorense", declarou o herdeiro da Casa de Bragança numa entrevista por ocasião da Restauração da Independência, que se assinala esta quarta-feira.
Dom Duarte de Bragança explicou que "a Casa Real já encetou os contactos para a obtenção da dupla nacionalidade, portuguesa e timorense, através de um pedido comunicado ao Presidente, José Ramos Horta".
O chefe da Casa Real salientou também que sempre apoiou a causa da independência timorense e destacou, por outro lado, "as relações profundas, espirituais, do povo timorense com Portugal".
Dom Duarte sublinhou ainda que a Casa de Bragança e a bandeira monárquica são símbolos de "grande significado" para a nação timorense, que tem por isso uma relação especial com o herdeiro da última dinastia portuguesa.
"Eu sou o liurai de Portugal", disse, aludindo à figura dos chefes dos reinos da parte oriental da ilha na tradição timorense.
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S.A.R., DOM DUARTE PIO COMPARA A CRISE ACTUAL À DA PRIMEIRA REPÚBLICA E PEDE REFERENDO À MONARQUIA
Dom Duarte de Bragança considera que a actual crise que Portugal enfrenta é “comparável à vivida nos tempos da Primeira República”, e defende que a solução seria o país regressar à Monarquia, razão pela qual insiste na realização de um referendo.
Mais: o regime republicano não teve “capacidade para resolver nenhum dos problemas de que acusava a monarquia” e deverá ser significativo que as “democracias mais desenvolvidas e estáveis da Europa” sejam monarquias.
"Chegou a hora de a sociedade livremente dizer que Estado quer”, vinca Dom Duarte, que recorrentemente fala sobre a necessidade de um referendo sobre a matéria. E alude a “sondagens que chegam a referir 20, 30 ou 40 por cento de monárquicos, conforme as perguntas são feitas, percentagens tanto mais valiosas quanto resultam da escolha de pessoas livres e não de propagandas de partidos ou de movimentos sem transparência”. Daí acreditar que os monárquicos são hoje uma minoria, mas “serão a maioria no futuro que se aproxima”.
Numa mensagem de “ânimo” aos portugueses, Dom Duarte apela: “Lembrai-vos que tivemos momentos bem mais graves na nossa História em que a perenidade da instituição real foi suporte decisivo para a recuperação conseguida. A dinastia, baseada na família, oferece o referencial de continuidade de que Portugal está carente há cem anos.
A “situação humilhante” de Portugal - No seu discurso, Dom Duarte reflecte sobre a actual crise económica e financeira, mas também sobre a sua vertente social e educativa. E, tal como o P.R. vincou em diversos discursos nos últimos meses, considera o mar e a lusofonia como áreas de eleição para “um projecto de futuro” para Portugal e para os países que compõem a comunidade dos países de língua oficial portuguesa.
O Chefe da Casa Real classifica de “situação humilhante” o cenário em que Portugal se encontra actualmente, o que obriga a “reflectir sobre novos modelos de desenvolvimento económico e de vida em sociedade, inspirados na caridade”. É nesse campo que considera “desejável dinamizar as antigas tradições de voluntariado” e sobretudo que se recorra “aos beneficiários de subsídios do Estado, como condição para receberem esses subsídios”. “Receber subsídios sem dar a sua contribuição para a sociedade equivale a receber esmolas, o que não é bom”, aponta.
Outro factor de valorização da sociedade, aponta Dom Duarte, é a educação, cujo sistema deve ser todo repensado, do pré-primário ao superior, “adaptando os cursos às necessidades profissionais actuais e futuras”, e criando condições para que as famílias com menos recursos possam escolher os estabelecimentos para os seus filhos frequentarem, sem que isso implique aumento de encargos para o Estado.
“Hoje é no mar e na lusofonia que a nossa atenção deve ser focada como áreas de eleição para realizar um projecto de futuro para o país” e para a CPLP, adianta, na mesma linha que o actual P.R. vem defendendo.
Dom Duarte deixa também o seu apoio expresso à constituição de uma Confederação de Estados Lusófonos, “cuja adesão não comprometeria as alianças regionais existentes” – e exemplifica com o caso de o Reino Unido pertencer à Commonwealth e isso não prejudicar a sua participação na União Europeia, antes a “valoriza”.
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PARA DOM DUARTE PIO, REPÚBLICA TEM SIDO "UMA PERDA DE TEMPO"
O chefe da Casa Real, Dom Duarte de Bragança, foi entrevistado pela agência Lusa por ocasião do aniversário da Restauração da Independência e afirmou que os cem anos de República, recentemente comemorados, têm sido "uma grande perda de tempo", visto que todas as realizações da república estavam igualmente ao alcance da monarquia e podiam ter sido obra desta.Um dos balanços da República - na opinião de Duarte Pio o de falir o país - era coisa que, também segundo o entrevistado, já tinha sido alcançada no começo da dita República: "Depois de 100 anos de República, nós voltamos à situação dramática em que nos encontrávamos no começo da República, que estava também num regime praticamente falido". O Chefe da Casa Real coloca além disso na entrevista um sinal de igual entre três movimentos militares que marcaram o século XX português: "Cada um desses golpes militares - 1910, 1926 e 1974 - provocou grandes perturbações, grandes atrasos na nossa economia, até situações de perseguição e perturbações políticas gravíssimas". Daí que o pretendente à chefia do Estado em caso de restauração monárquica veja na abundância de convulsões "a prova de que os cem anos de República foram uma grande perda de tempo. Perdemos cem anos, no fundo, a brincar às revoluções. Chegou a altura de percebermos que as revoluções trazem mais problemas do que vantagens". Passando da agitação anti-republicana a uma linguagem mais acomodada às medidas do OE 2011, Dom Duarte de Bragança preconiza que o país se adapte "às novas circunstâncias em que vive hoje o mundo. Os privilégios de sermos europeus e de termos um nível de vida muito mais elevado do que os outros povos, trabalhando menos do que os outros, não podem ser mantidos. Temos que produzir para poder ter os privilégios de um Estado social e de uma situação melhor". Por outro lado, o Chefe da Casa Real defendeu na entrevista uma confederação dos países lusófonos inspirada no modelo da Commonwealth. Quase no mesmo fôlego, demarcou-se das "fantasias iberistas, que seriam inconvenientes para Portugal" e que, além do mais, criariam um quadro estatal unificado e com um trono já preenchido. A isto acrescentou que, "se perguntar aos bascos e aos catalães o bom que é ser governado pelos castelhanos, vai perceber o problema que têm os espanhóis, que é [que] os castelhanos querem mandar em todos". O Chefe da Casa de Bragança puxou ainda a brasa à sardinha da restauração monárquica, afirmando que "um Rei facilitaria a unidade dos países lusófonos porque não se punha tanto o problema de quem seria a Chefia de Estado dessa união". Concedeu no entanto que "pode-se perfeitamente levar o projeto [de confedederação lusófona] para a frente com repúblicas".
Fonte: RTP

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